evolução

Noutro dia, enquanto me preparava para dar início àquela clássica tarefa de final de ano, que compreende separar as coisas que precisam (e merecem) ser guardadas e descartar o que não tem relevância para o próximo ano, me dei conta de que estamos a poucos dias de dizer adeus aos anos 10 deste século. Essa minha reflexão surgiu justamente porque a correria do dia a dia às vezes nos coloca no ‘modo automático’, aquele que nos faz viver um dia após o outro sem muito tempo para observar os detalhes do que acontece, e muitos deles, quando relembrados, parecem ter acontecido há muito mais tempo do que realmente ocorreram.

Os anos 80, por exemplo, podem ser considerados o fim da era industrial e o início da era da informação. Tivemos os primeiros contatos com os computadores pessoais (que limitadas eram as interfaces que nos apresentavam!), com os CDs (que pareciam não ter limite para a quantidade de informação que guardavam), videocassetes (um dia acreditamos que aquilo sim, era qualidade de imagem) e com os walkmans, que nos permitiam escutar música onde quer que estivéssemos. Era só andar com pilhas nos bolsos para garantir a continuidade da diversão. Era o máximo da evolução de tecnologia que poderíamos imaginar alcançar.

Mas já na década seguinte acompanhamos o avanço da internet, o ‘advento’ do comércio eletrônico, e a popularização dos celulares, e quase que sem sentir o tempo passar – e sem o anunciado e temido ‘Bug do Milênio’ – chegamos aos anos 2000, quando a internet se consolida ao redor do mundo como veículo de comunicação em massa e forma de armazenar informações. Globalização era uma palavra repetidamente pronunciada, fosse em referência à economia, política ou comunicação.

Lembro que num passado que ora me parece distante, ora que foi ontem, me via pensando no quanto vivíamos em um mundo com cada vez menos fronteiras, especialmente ao longo dos anos de 2010, quando os smartphones se popularizam e ficamos acostumados a usar aplicativos para quase tudo, concentrando, inclusive nossas conversas com a família nessa modalidade de comunicação.

Agora, me vejo pensar no que esperar desta década que está logo ali, alguns dias à nossa frente. Acho que mais do que nunca, a tecnologia será a base de todo o desenvolvimento, estabelecendo evolução em todos os segmentos e impactando relações comerciais, de negócios e serviços, e nós precisamos estar prontos para isso. Mais do que prontos, atentos e sensíveis, para perceber tanto as mudanças quanto a necessidade de mantermos nossa essência.

Digo isso porque acredito que entender o que vem por aí e promover adaptações a uma nova e mutante realidade que se apresenta é condição indispensável para garantir a sobrevivência de negócios, empresas e de nossa qualidade de vida. As mudanças serão inevitáveis.

Veja bem: em 2000, a empresa Kodak dominava 85% do mercado fotográfico, e três anos depois, uma nova tecnologia – a foto digital – decretou a diminuição drástica deste percentual. Eram 30 mil funcionários nos Estados Unidos e 144 mil no mundo todo, números que despencaram para 300 e 8 mil, respectivamente. A produção anual da empresa, que era de cerca de 19 bilhões de dólares, caiu para apenas 2 bilhões anuais, até que em 2012, veio a falência. Em busca da recuperação, a Kodak precisou se reinventar, o que ainda vem tentando, mostrando que mesmo grandes empresas e multinacionais precisam agir e reagir rapidamente, pois a evolução tecnológica é implacável neste sentido.

Outro dia li num artigo que na entrada de 2020 a capacidade de inovação será dez vezes mais veloz do que aquela que presenciamos nos últimos três anos. São números, eu sei, mas servem para mostrar o quão rapidamente podemos ser atropelados pelas mudanças.

Se hoje convivemos com senhas e mais senhas para acessar nossos emails, residências e contas bancárias, há projeções de que em menos de três anos esse modelo de identificação será completamente substituído pelo uso de aplicativos de reconhecimento facial, scan de retina, confirmação de voz e até de batimentos
cardíacos.

Parece muita mudança? Não esqueça dos robôs e da indústria 4.0, da comunicação sem barreiras, da regeneração dos materiais, dos drones, das fazendas verticais, das impressoras 3D e, claro, da bitcoin. Cada um desses itens rende muita discussão.

O que quero dizer com essa conversa é que acredito que precisamos, sim, estar preparados para reinventar ocupações e acompanhar a evolução e o desenvolvimento tecnológicos, mas, sobretudo, temos que investir algum tempo para pensar e, principalmente, entender nosso papel nesse processo todo. O mundo não para, mas há um lugar nele para cada um de nós.

 

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