princípios

Outro dia estava buscando conhecer e entender melhor os critérios normalmente utilizados pelos profissionais encarregados de recrutar, entrevistar e selecionar pessoas para as vagas oferecidas
pelas empresas. Eles independem do serviço a ser prestado, salário oferecido ou nível de escolaridade pretendido? Uma fala de Jack Welch, que durante 20 anos presidiu a GE (empresa fundada em 1918 pelo senhor Thomas Edison, aquele da lâmpada, e que hoje tornou-se um conglomerado multinacional) chamou minha atenção: “Pessoas com bons princípios serão sempre funcionários mais confiáveis, pois sua integridade faz com que digam a verdade, mantenham a palavra, assumam responsabilidade por suas ações, admitam erros e busquem consertá-los”, disse ele.

Perguntei a mim mesmo, quem não gostaria de ter uma equipe formada por pessoas com essa forma de agir. Aí me vi diante de uma questão que deve permear, também, todas as seleções de emprego: e o que é melhor, contratar uma pessoa com princípios e baixo desempenho, ou preferir aquele que tem ótimo desempenho e integridade questionável? E, afinal, o que são princípios?

Sempre acreditei que princípios e valores pudessem ser definidos da mesma forma, mas minha curiosidade me fez buscar respostas, e depois de ler um pouco mais a respeito entendi que existem diferenças. Sutis, mas existem. Princípios, como a própria palavra diz, se referem ao que vem antes, que está no começo, e quando utilizada na forma de adjetivo aplicado a uma pessoa, significa que essa determinada pessoa guia sua conduta como ser humano a partir de atributos morais e éticos.

Os princípios são regras universais, mais rígidas e incontestáveis, e não dependem de tempo (como amor, equilíbrio, manutenção da vida), enquanto os valores são mais maleáveis, construídos individualmente e influenciados por contexto, época, cultura e até mesmo interesses, e por se tratarem de padrões sociais são subjetivos e até mesmo contestáveis se analisados a partir de culturas diferentes daquelas que os adotam.

Uma forma de diferenciar princípios e valores seria então dizer que ‘princípio’ se refere ao que uma pessoa é, independente de influências externas, e ‘valor’ é o que ela ‘está’, em relação à vida, ao trabalho, ao momento (não necessariamente pequeno). Alguns princípios, como caráter, honestidade e respeito deveria ser inerentes a todos os seres humanos, e permear suas escolhas de vida pessoais e profissionais, pois são fundamentais para a convivência em qualquer nível social. Valores, estes sim, são adquiridos, e devem começar a ser ensinados em casa e na escola. É como diz o ditado: “Educação vem de berço”.

Uma pessoa com princípios não será perfeita – é obvio – mas aliando a estes princípios uma série de valores irá, certamente, caminhar a passos largos para uma vida mais equilibrada, tanto na esfera profissional quanto na pessoal. Ter valores talvez não coloque uma pessoa no mesmo patamar que os conhecimentos técnicos para determinadas empresas, porém, uma conduta ética no trabalho, seguindo padrões e valores, tanto da sociedade quanto da própria organização, é fundamental para o alcance da excelência profissional. Uma pessoa que atua com ética no ambiente de trabalho realiza um exercício diário de honestidade, comprometimento e confiabilidade, que ampara suas decisões e a forma como as adota. E será sempre muito melhor ser reconhecido não apenas pela capacidade técnica, mas também pela postura ética, de valores e conduta exemplar. Para mim, isso pesa cada vez mais.

E uma coisa muito importante: isso independe de escolaridade, mas está totalmente ligado à educação e formação. Vamos investir nisso?

 

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